Por que estudo inglês, e mesmo assim, não consigo me comunicar?

Há pouco mais de um ano tenho me dedicado a conduzir o meu aluno à superação do seu bloqueio na comunicação em inglês. Neste tempo, juntei dados suficientes para tirar algumas conclusões. Ao meu ver, existem dois fatores principais que impedem as pessoas de se comunicarem em inglês: a qualidade do ensino e fatores psicológicos

No que diz respeito a como a indústria do ensino de idiomas brasileira lida com aprendizagem, há muito pouco investimento e atenção no preparo de professores, além de promessas de que o aprendizado será rápido, eficiente e duradouro. Quando uma pessoa se propõe a ensinar um idioma, ela tem que fazer investimentos altos como cursos de formação e viagens ao exterior para se atualizar com o vocabulário e a cultura estrangeiros. Isto demanda recursos financeiros que - com os baixos salários oferecidos por esta indústria - simplesmente torna impossível a realização deste empreendimento. Isto gera insatisfação e baixa performance dos professores que, por sua vez, afeta diretamente os alunos. 


A Falsa Expectativa 

Promessas como “inglês definitivo”, “inglês fluente em x meses”, “falar inglês como nativo”,  “garantia de sucesso em exames como IELTS e TOEFL” e por aí vai; pecam em mostrar que a realidade é bem diferente. Para um bom  aprendizado do inglês - e de qualquer outro idioma - tem que se entender que o estudo deve ser contínuo, constante e, em grande parte, lento. Se um nativo ou uma pessoa fluente tem este status , é porque passou muito tempo em contato direto com o idioma, muitas vezes fora do ambiente escolar. Assim acontece com as pessoas que viveram em um país estrangeiro ou, como a geração millennials, com uma enorme exposição ao idioma. Afinal, eles cresceram com o rápido e fácil acesso a redes sociais, video games e, mais recentemente, canais de TV online com séries estrangeiras. 


O Problema dos Professores e Alunos de Inglês 


A falta de condições e um bom preparo ideais para professores, as promessas que visam somente vender cursos rapidamente, aliados à expectativa e à necessidade de se comunicar em inglês, geram o problema que considero o mais grave de todos: a baixa auto-estima e a frustração do aluno consigo mesmo. Afinal, só investe no inglês quem tem uma esperança de um futuro melhor, seja através de uma promoção de trabalho ou uma viagem ao exterior. E, se esta expectativa não é atendida, o aluno pode acabar afirmando para si mesmo que é ele quem não tem capacidade intelectual de aprender. O que gera consequências catastróficas não só na sua aprendizagem do idioma, como também em outros aspectos da sua vida. 

E agora? O que fazer?

Há alguns anos tenho me dedicado a encontrar a solução para este problema que engloba tanto os professores como os alunos deste setor da economia. Esta inquietação me levou a criar o curso/método FlyHi de desbloqueio de inglês através do coaching. Quero compartilhar com você - professor e aluno de inglês - os conceitos, observações, ideias e soluções que encontrei ao longo desta jornada. Não posso afirmar que já encontrei uma solução para este desafio, longe disto! Porém, há formas de pensar o ensino de inglês que podem ajudar a levar mais eficácia para quem participa, trabalha ou está envolvido com este mundo de possibilidades

Este é o primeiro de uma série de textos, onde vou compartilhar com você os insights que tenho tido nesta empreitada.

Deixe sua dúvida, observação, ou comentário para que eu possa interagir com você!

Grande abraço,

Rafael Pompeo

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